terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Evangelho do Gueto

Prega a história que o Universo já fora um enorme subúrbio paradisíaco, as raízes dos nossos vêem do gueto, da mais pura zona de fogo onde começaram com os bravos guerreiros a verdadeira luta pela sobrevivência (independência), onde pereceram os verdadeiros filhos da P (…).

Realmente, em todos nós existe um gueto alegre, puro e verdadeiro, triste, feliz e com recordações que jamais se apagam, devemos ser livres o suficiente para amarmos o nosso próximo, para que possamos dar uma esperança no gueto que há em nós… forte sentimento de sobrevivência.
A vida onde o escuro é o principal amigo dos que lá estão, onde o limpo é o encardido, onde só vive aquele que de facto é cidadão nacional que conhece as verdadeiras dificuldades e bondades que a convivência pode oferecer, onde nasce os verdadeiros revolucionários que sentem o carvão da vida infernal que enfrentam a cada dia, onde apenas aceitam ir aqueles que como: Madre Teresa de Calcutá pode chegar, aceitar todos como verdadeiros filhos da terra.

O Gueto tem as vantagens mais desvantajosas do universo, as questões sociais são tratadas como se fossem vidas animais que ali residem!
O Gueto é o desperdício das vantagens morais por parte dos fracos de espírito, sem coragem para dizer as virtudes, os valores morais, éticos... onde de facto valores morais não são da porcaria, têm o seu próprio significado sem rodeios como é nas sociedades urbanas ''secretas''.
A vida é tida como uma sobrevivência constante não como uma dádiva do Supremo Criador, a eternidade é a questão mais descartada de todo momento, a esperança não tem lá o seu leito, a união é a coisa mais sagrada que pode existir no Gueto, o Evangelho do Gueto é acreditar naquilo que é, e não no supérfluo que nunca será necessário naquele cenário sofredor das pessoas mais urgentes do mundo!

Vivemos em sociedades falsas, o verdadeiro nunca chegará!
O principal divertimento das crianças no Gueto é: o filho foi apanhado em contentores de lixo a apanhar co-isa (lera), a corrida pela ''diguesa'', o choro pelo ''pão matinal'', o desgosto por não ter culpa de nascer onde nasceu e/ou vive.

O sonho de nunca partir dali, por não saber onde termina a curva do universo, felizardo aqueles que não se iludem com os quinze quilómetros de distância de sua moradia, felizardos aqueles que lutam por uma causa que até eles próprios desconhecem, lutar por uma causa comum.
O bem-estar é a ferramenta mais enferrujada que o ferreiro ''guetoriano'' conhece, a maldade é a vitamina diária, é o contentamento dos mais fortes e ''vis'', o contentamento apenas é do pouco por desconhecerem a teoria: '' Sei que nada sei'',

''cogito ergon sun'' fora de hipótese! Nunca pensam que existem, sabem apenas que estão vivos e nada mais!
Tudo de ruim é o prato fundamental na refeição, a ginástica faz parte do exercício diário da sobrevivência, a vida é uma novela “favelatica” do podre para o estragado, isto é que é o verdadeiro Evangelho do Gueto!

A liberdade de ninguém começa onde termina a do outro! O verdadeiro ''desclarecimento'' do Todo-poderoso vive lá, o embaixador da maldade é o presidente do gueto, a forte fonte de ''crença'', o principal obstáculo para enxergar o futuro benigno, o sofrimento é o seu mínimo múltiplo comum, a sobrevivência a cada dia que passa é o grande milagre ''desacreditado'', prisões são os principais centros de convivência...
No gueto é onde tudo pode acontecer, onde as pessoas são desprezadas por, apenas, viverem lá, onde a realeza surgiu, onde a administração teve início e onde vive o verdadeiro Filho do Homem!


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